Ralatório sobre intervenção intra-útero:
Oclusão traqueal fetal endoscópica devido a hérnia diafragmática fetal grave
Considerações iniciais
Durante a gestação, inúmeras são as condições clínicas que podem afetar o adequado desenvolvimento dos pulmões fetais e, por conseguinte, comprometer sua expansibilidade após o nascimento. Dentre elas, merecem menção uma gama variada de anomalias do produto conceptual, tais como as displasias esqueléticas, a doença pulmonar cística, os derrames pleurais, os tumores mediastinais e a hérnia diafragmática congênita (HDC).1,2
Descrita por Bochdaleck em 1848, a HDC ocorre por um defeito no forâmen póstero- lateral do diafragma, pelo qual vísceras abdominais passam para o interior do tórax.3 A presença das vísceras abdominais na cavidade torácica se comporta como uma lesão expansiva, impedindo o adequado crescimento e maturação dos pulmões. Desta forma, os pulmões encontram-se diminuídos, sendo o pulmão ipsilateral ao defeito diafragmático o mais afetado. As ramificações
brônquicas, o número de alvéolos e o desenvolvimento arterial pulmonar também são comprometidos.1,3
De etiologia pouco conhecida, a incidência da HDC é de 1/2500 a 1/5000 nascidos vivos.4,5 Oitenta e quatro por cento das lesões são do lado esquerdo do diafragma, 13% são do lado direito e 3% são bilaterais. Em aproximadamente metade dos casos, são encontradas outras anomalias estruturais associadas, anomalias cromossômicas ou síndromes, sendo a taxa de mortalidade neste grupo de 100%.6 Considerando-se somente casos com HDC isolada, as taxas de sobrevida neonatais variam de 60 a 70%.3,4,6 Esta alta mortalidade pode ser atribuída à hipoplasia e à hipertensão pulmonar, que são acompanhadas por imaturidade tecidual, bioquímica e estrutural.10,11
Bértrémieux et al.9 reforçam ainda que as taxas de sobrevida dependem do momento em que os casos começam a ser acompanhados. Em seguimento de 31 pacientes com diagnóstico intra-uterino, observaram que, após avaliação ultra-sonográfica inicial, a sobrevida total é de 38%. Considerando-se somente os casos que chegam ao nascimento, essa taxa passa a ser de 60%. Para o cirurgião, que opera a criança previamente estabilizada, as chances de sobrevida atingem 92%.
As possibilidades terapêuticas para os casos de HDC consistem em tratamentos pré, peri e pós-natais, sendo que a cirurgia pós-natal conta com uma sobrevida que varia de 50 a 92%.3,9 Há que se mencionar também o tratamento farmacológico para a hipertensão pulmonar, a terapia com oscilação de alta freqüência, a oxigenação por membrana extra corpórea (ECMO) e a terapia com surfactante.12
Atualmente, técnicas promissoras têm sido desenvolvidas, com o objetivo de melhorar o prognóstico pós-natal para fetos portadores de HDC. Dentre elas, pode ser citada a cirurgia fetal para traqueo-oclusão (TO), que tem como objetivo promover o crescimento pulmonar intra- útero.13,14
A TO foi introduzida na clínica-cirúrgica fetal no final da década de 90. Inicialmente, o clampeamento traqueal foi realizado após histerotomia, em 15 casos na Filadélfia (EUA).15 As respostas foram variadas com relação ao crescimento pulmonar fetal e a sobrevida foi de 33%. Em São Francisco (EUA) a sobrevida foi de 75%. Essa melhora na casuística se deveu proavelmente a mudança da histerotomia para laparoscopia para acesso a cavidade amniótica e colocação do clamp.16
Durante este período, na Europa, outro grupo trabalhava no desenvolvimento de uma técnica percutânea, fetoscópica, para oclusão reversível da traquéia fetal. A fetoscopia já havia, nesta época, encontrado boa aceitação na Europa, tendo sido utilizada em larga escala principalmente para o tratamento da síndrome da transfusão feto-fetal grave.17-19 Inicialmente utilizando ovelhas, a experiência européia foi pioneira na utilização de um balão endotraqueal desconectável inserido e posicionado por fetoscopia na traquéia fetal.20-22 O balão que se adaptava facilmente ao crescimento traqueal, podia ser retirado ainda na vida intra-uterina,23 sem danificar a traquéia,24 e evitava roturas e outros tipos de lesões no pescoço.25 No ano de 2001, foi iniciado um programa para a colocação de balão endotraqueal por meio de fetoscopia (FETO – Fetoscopic endotracheal occlusion) em fetos humanos.26 O mesmo grupo que iniciou este programa analisou um total de 134 pacientes cujos fetos apresentavam HDC isoladas e foram avaliadas ultra-sonograficamente antes da 28a semana de gestação, entre 1995 e 2003.6 A medida ultra-sonográfica da relação pulmão/cabeça (RPC) desses fetos, descrita inicialmente por Metkus
et al.,27 e tida como principal fator prognóstico em casos de HDC, foi obtida em média na 24a semana de gravidez (± 2.8 semanas). Onze das 134 pacientes (8%) optaram por interrupção da gravidez, a metade delas com fetos apresentando RPC menor do que um e fígado herniada para o tórax. Outras interrupções de gravidêz foram executadas no grupo de pacientes com RPC entre um e 1.4. A sobrevida geral foi de 43% (58 em 134). Considerando-se somente os recém- nascidos vivos, a sobrevida foi de 47% (58 em 123). A medida da RPC correlacionou-se com a sobrevida pós-natal independentemente da posição do fígado. Em casos com herniação do fígado, a sobrevida foi de 35%. A combinação das duas variáveis teve melhor acurácia para a predição do óbito neonatal. Nos casos com o fígado herniado no tórax e a RPC menor do que um, a sobrevida foi de 9%. Os únicos três sobreviventes neste grupo tiveram RPC entre 0,8 e um. Não houve sobreviventes com RPC menor do que 0.8 e fígado herniado para o tórax. Trinta e sete por cento dos casos com RPC menor do que 0.8 não apresentavam herniação hepática, dos quais 40% sobreviveram. Quando a RPC foi menor do que 0,6, não houve sobreviventes, a despeito do posicionamento do fígado.
Posteriormente, o grupo responsável pelo início das FETO apresentou o resultado de um total de 24 pacientes cujos fetos eram portadores de HDC isolada a esquerda, apresentavam RPC menor do que um e fígado herniado para o tórax, e que foram submetidos a oclusão traqueal fetoscópica com balão no segundo trimestre, entre abril de 2002 e agosto de 2004.6,28 Inicialmente a FETO foi realizada sob anesthesia geral (n = 5), mas posteriormente passou a ser realizada sob anestesia epidural (n = 17) ou local (n = 2). A duração média da cirurgia foi de 20 minutos (13-60 minutos) com sucesso na colocação do balão em 23 dos 24 casos. O seguimento dessas pacientes demonstrou um aumento da ecogenicidade dos pulmões fetais em 48 horas. Em duas pacientes houve deslocamento e perda do balão. Nas demais 21 pacientes, foi observado
aumento na RPC de uma mediana de 0,7 (0,5-0,9) antes da FETO para 1,7 (0,9-2,9) nas 2 semanas subsequentes ao procedimento cirúrgico. Não houve complicações maternas, tais como hemorragias ou infecções. Nenhuma das pacientes requereu tocólise além das medicações usadas no protocolo. No entanto, em 14 (58.3%) das pacientes houve rotura das membrasas antes da 37a semana de gravidez. Mais precisamente, a rotura das membranas ocorreu em 16.7% dos casos antes de 28 semanas e em 33.3% dos casos depois da 32a semana. A média de idade gestacional por ocasião do parto foi de 33,5 semanas (27-41 semanas); em 19 pacientes (79%), o parto ocorreu com mais de 32 semanas e em 13 (55%), com mais de 34 semanas. Uma paciente teve o parto 18 dias após FETO por apresentar sinais de descolamento de placenta, tendo-se recuperado bem sem necessidade de transfusão. A sobrevida neonatal precoce (7 dias após o nascimento) foi de 75%, sendo que a correção cirúrgica pós-natal do diafragma foi realizada em 16 dos 24 (66%) fetos. Em 14 dos 16 casos (87%), a correção cirúrgica requereu a colocação de tela sintética. A sobrevida neonatal tardia (28 dias após o nascimento) foi de 58% e a sobrevida com alta hospitalar foi de 50%. Os 12 recém-nascidos sobreviventes encontram-se com 6 a 35 meses de idade (mediana, 15.7 meses) sem aparentes problemas de desenvolvimento. Quatro bebês necessitaram de auxílio com oxigênio por curto período de tempo após alta hospitalar. Houve portanto 12 recém-nascidos que não sobreviveram. Em quatro casos, houve rotura de membranas e parto antes da 30a semana, o que permitiu um curto período de oclusão traqueal, em média de 12 dias. Em dois fetos houve deslocamento e perda dos balões antes do nascimento. Ambos foram a óbito por hipoplasia pulmonar, mas um deles apresentava também coarctação de aorta, o que não havia sido diagnosticado no período pré-natal mas que poderia ter contribuído para sangramento pulmonar após o nascimento. Houve seis outros casos de óbito nos quais o balão estava bem posicionado até o momento planejado. Estes fetos nasceram em média com 35
semanas (32-38 semanas) e o aumento na RPC em duas semanas após colocação do balão foi de 0,7 (0,6-1,3). A despeito disso, dois desses 6 fetos morreram por problemas pulmonares, ambos com RPC menor do que 0,6 antes do FETO. Um recém-nascido teve pneumotórax fatal, e nos demais a ventilação foi difícil devido a grande quantidade de secreção pulmonar espessa. Quatro recém-nascidos que não sobreviveram não tiveram problemas respiratórios como a causa do óbito. Um deles apresentava uma deleção do cromossomo 8, que não havia sido diagnosticada corretamente pelo cariótipo antenatal, e três morreram por complicação no catéter, infecção respiratória e persistência pós-operatória de quilotórax.
Hoje, mais de 300 fetos já foram submetidos a oclusão traqueal (Brasil, Europa, Estados Unidos), com sobrevida pós natal de aproximadamente 50%. O nível de evidência científica para a realização do procedimento fetal é III.29-31
Justificativa para a oclusão traqueal fetal
O feto da paciente Lais Almeida Katsuragawa apresenta hérnia diafragmática grave (com herniação hepática e RPC < 1.0). Esta condição se associa a risco de óbito pós-natal de aproximadamente 90% se a conduta expectante durante a gestação for adotada. Portanto, optou- se pela oclusão traqueal fetal, com intuito de elevar a chance de sobrevida pós-natal para aproximadamente 50%. O procedimento esta agendado para o dia 28/05/2014, no Hospital do Coraçao (SP).
Desoclusão traqueal fetal
A retirada do balão traqueal fetal deverá ser realizada na 34a semana de gravidez. O procedimento é realizado por via endoscópica (fetoscopia), devendo a paciente ser internada, para que a cirurgia possa ser realizada em centro cirúrgico / obstétrico. É fundamental que a retirada do balão traqueal seja feito nesta idade gestacional e no local onde ocorrerá o nascimento do bebê (Há risco de trabalho de parto após a cirurgia, portanto a mesma deve ser realizada no local programado para o nascimento da criança).
Os honorarios medicos referentes as duas intervençoes cirurgicas intra uterinas, serao de R$ 20.000,00 (vinte mil reais).
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São Paulo, 20/11/2012
Dr. Cleisson Fábio A. Peralta
CRM: 79240
Médico especialista em Ginecologia e Obstetrícia e Medicina Fetal.
Clinica Gestar (11) 3283-2018

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